Quero um cântico para o ocaso do meu alento,
Que traga confiante as idéias em seu lugar.
Que não embale corpos pendurados ao vento,
À esquerda...à direita, nem montanhas a os soterrar.
Quero uma canção para dissolver os obstáculos
Do passado, a realizar o presente,
Tangida no alaúde de um tupi indigente
Que de tanto tocar mulheres, nas cordas faça espetáculo.
Quero um acalanto, mas que seja lancinante.
Que não serenize e tenha ritmo sincopado,
Em cujos contratempos baiano desenhe o letrado
Dos vitupérios de um bastardo infante.
Quero um standard jazzístico atonal-mulato
Para que seja revigorado, por ode ou elegia,
Meu otimismo, que já anda um pouco opaco,
No claro bojo d’aurora, em nova utopia.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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esplêndido!
ResponderExcluirValeu dú! não desacreditemos! abraço
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