segunda-feira, 26 de abril de 2010

Domingo, 19h.

Estávamos assistindo a um documentário na TV. Uma história bacana, enredo interessante.

Tudo apagado, a única luz do ambiente vem da LCD de 42".

O apartamento está uma zona, de pernas pro ar. Mochilas no chão, sapatos, copos, cinzeiro... Papéis, caderno, notas fiscais, etiquetas, revistas e álbuns de figurinhas, o Playstation aberto, ao lado do estoyo, também aberto... tudo em cima da mesa.

Com a atenção totalmente voltada para a tela, eis que, de canto de olho, percebe-se uma nova fonte de luz. A porta se abria devagar, sem barulho. Alguns segundos depois, a luz entrante foi diminuindo, e apenas um estreito facho iluminava o chão da sala.

No início pensava que era um amigo que estava para chegar.

Porém quando observei pela porta, não era nenhum amigo.

Dois sujeitos fardados de cinza, com arma em punho olhavam para dentro do apartamento 25.

Será que os caras nem interfonaram e já chamaram a polícia direto dessa vez? Pôrra como que me faz um negócio desse, tamo vendo um filme, e o volume nem tá tão alto! Os cara vem me chamá a polícia? Vai tomá no cú! Agora agente se fudeu

Iniciam-se então as negociações.

- Pois não?
- Tá tudo bem aí?
- Tá
- Não, tudo certo então.
- Mas aconteceu alguma coisa?
- Parece que entrou alguém aqui no prédio. Tranca a porta aí.

Fechou-se a porta, mas a sensação de alívio não veio.

Alguns minutos foram necessários para digerir o que acabara de acontecer...

domingo, 18 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Tente Comigo

Deixa eu entrar na sua vida
minha menina , minha querida.

Deixe eu entrar na tua casa
caso precise você de companhia.
Acompanho sua Vó, já velha
venha ela precisar de ajuda.

Ajuda esse vagabundo
achar sentido no mundo.
Muda essa cabeça e
não fique mais muda.


Pois é tua ternura que me chama.
Ascende minha chama,
me chama.

É tua ternura que me prende,
Não tentes
me prende!
Ou melhor, bem melhor
Tente comigo.

domingo, 11 de abril de 2010

Roda Viva F. C.

É ano de copa.
Vibraremos novamente quando a seleção canarinho entrar em campo.
Arrepio na espinha dede as primeiras notas do hino nacional.
Não acho que será como em 2002 ou 94, onde o ataque se sobressaiu.
Temos um time com a cara do técnico. Um sistema defensivo sólido, e jogadores raçudos.
A começar pelo capitão.
Lúcio sabe a responsabilidade que é vestir a camisa amarela.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Ocaso do Alento

Quero um cântico para o ocaso do meu alento,
Que traga confiante as idéias em seu lugar.
Que não embale corpos pendurados ao vento,
À esquerda...à direita, nem montanhas a os soterrar.

Quero uma canção para dissolver os obstáculos
Do passado, a realizar o presente,
Tangida no alaúde de um tupi indigente
Que de tanto tocar mulheres, nas cordas faça espetáculo.

Quero um acalanto, mas que seja lancinante.
Que não serenize e tenha ritmo sincopado,
Em cujos contratempos baiano desenhe o letrado
Dos vitupérios de um bastardo infante.

Quero um standard jazzístico atonal-mulato
Para que seja revigorado, por ode ou elegia,
Meu otimismo, que já anda um pouco opaco,
No claro bojo d’aurora, em nova utopia.

domingo, 4 de abril de 2010

Preta!

Mulas carregadas,

Romaria engatilhada.

Expectativa de Piratininga congestionada.

Se o impedimento não é concretizado,

Tardo, mas jamais falho.

E não é questão de horário,

Menos ainda de agenda lotada.

Faço estrada quando me fazes falta.

E até a hora combinada,

Uma ou outra poesia improvisada.

Para enganar a saudade acumulada e a minha rima, que anda tão pobrinha,

Enriquecer numa esquina do cosmo, próxima à da Consolação com a Paulista.

Beijo preta! até mais vista! Entre cheiros e chamegos de uma segunda intimista.