segunda-feira, 26 de abril de 2010

Domingo, 19h.

Estávamos assistindo a um documentário na TV. Uma história bacana, enredo interessante.

Tudo apagado, a única luz do ambiente vem da LCD de 42".

O apartamento está uma zona, de pernas pro ar. Mochilas no chão, sapatos, copos, cinzeiro... Papéis, caderno, notas fiscais, etiquetas, revistas e álbuns de figurinhas, o Playstation aberto, ao lado do estoyo, também aberto... tudo em cima da mesa.

Com a atenção totalmente voltada para a tela, eis que, de canto de olho, percebe-se uma nova fonte de luz. A porta se abria devagar, sem barulho. Alguns segundos depois, a luz entrante foi diminuindo, e apenas um estreito facho iluminava o chão da sala.

No início pensava que era um amigo que estava para chegar.

Porém quando observei pela porta, não era nenhum amigo.

Dois sujeitos fardados de cinza, com arma em punho olhavam para dentro do apartamento 25.

Será que os caras nem interfonaram e já chamaram a polícia direto dessa vez? Pôrra como que me faz um negócio desse, tamo vendo um filme, e o volume nem tá tão alto! Os cara vem me chamá a polícia? Vai tomá no cú! Agora agente se fudeu

Iniciam-se então as negociações.

- Pois não?
- Tá tudo bem aí?
- Tá
- Não, tudo certo então.
- Mas aconteceu alguma coisa?
- Parece que entrou alguém aqui no prédio. Tranca a porta aí.

Fechou-se a porta, mas a sensação de alívio não veio.

Alguns minutos foram necessários para digerir o que acabara de acontecer...

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